Governo do Japão permite o desenvolvimento de “humanos com animais”
Experimento realizado por cientistas sofre diversas críticas por parte de especialistas
O que podia parecer impossível há muitos anos atrás, hoje, surpreendentemente, tornou-se realidade.
Desde março ainda deste ano o cientista Hiromitsu Nakauchi tem a autorização governamental japonesa para continuar com suas pesquisas envolvendo “humano-animais” (também nomeados de quimeras) com o intuito de promover órgãos humanos em animais através de células-tronco humanas.
A equipe de Nakauchi solicitou e o Ministério da Educação e Ciência japonesa postaram novas diretrizes acerca das pesquisas com células-tronco a fim de permitir gerar embriões humano-animais que terão a capacidade de serem transplantados em outros animais desenvolvidos até o fim.
Segundo uma reportagem da BBC, neste mesmo mês especialistas do ministério irão anunciar uma decisão completa acerca do tema que separa a comunidade científica.
As alterações já permitidas fazem com que o cientista possa prosseguir com suas pesquisas que têm o intuito de criar órgãos humanos em falta para transplante, como por exemplo o pâncreas, em animais e em seguida transplantá-los a uma pessoa.
De acordo com a revista científica Nature, a ideia não é a primeira, contudo, é a primeira vez onde um governo apoia tal experimento.
Ainda nesta semana, por exemplo, um dos assuntos mais polêmicos sobre o tema foi o experimento de cientistas da Espanha que geraram, na China, um ser híbrido do humano e o macaco.
Além desse experimento realizado na China, outras tentativas em outros países já foram feitas, cultivando células de humanos em embriões de camundongos, ratos e até mesmo de ovelhas e em seguida transplantar esses embriões em outros animais.
Ocorre que tal tipo de estudo sofre muitas críticas, ainda mais por se tratar de questões éticas.
Na sua opinião, se trata de uma questão onde o ser humano tem tentado se passar por Deus? Na visão de muitos, talvez, seja apenas avanços tecnológicos que têm, por fim, contribuir para a medicina, mas será mesmo que assim será?